sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Sol, Nietzsche, bolha, conservadores e....eu

Sol de inverno. Uma manhã sem aula. Deitado, olho para o céu azul e leio Nietzsche. Percebo que tive algumas características de um homem de ressentimento, mas que agora compreeendo muito mais o que sou e as coisas que quero.

O receio de viver em uma bolha eternamente. Procurar o que te deixa feliz e chegar à conclusão de que não importa onde, ainda teremos obstáculos culturais, familiares, sociais...

E a indignação de ter ciência de que aqueles, seus colegas de faculdade (que têm à disposição a maior gama de informações possível) têm opiniões tão reacionárias e formalistas. Pensar como é possível que defendam ações coercitivas e violentas, por parte da tropa de choque em um território até então livre. Para manter a integridade franciscana, inabalável e alheia a qualquer movimento social ou de contestação às estruturas vigentes. É o triste conservadorismo franciscano. A crença de que o mundo gira simplesmente ao seu redor.

E, por fim, aqui estou eu. Ainda mergulhado em dúvidas, mas sentindo que, cada dia que passa, há uma maior confiança de que é necessário buscar, independentemente das intempéries ocasionais.

Um comentário:

Guilherme Genestreti disse...

Grande texto... Se vc diz no post posterior que o clipe de In transit (aliás, já vou dar uma olhada no video dessa música que eu amo) traduz exatamente o que vc passa no momento, eu te digo que esse seu texto sobre bolhas, conservadores e tudo o mais, é a mais perfeita tradução que eu encontraria do que eu to pensando também sobre os nossos "nobres colegas"