sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Fora da aula entediante

Post sem assunto. Mas um post representativo: o primeiro, e talvez o único, a ser escrito aqui na São Francisco.

Música representativa do post: Fake Tales of San Francisco - Arctic Monkeys

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

O império das luzes




Esta pintura chamou a minha atenção terça-feira passada, durante a aula de francês. Chama-se "L'empire des lumières", de 1954. Quem pintou esta bela obra de arte foi o francês Réné Magritte.
O contraste da imagem é impressionante: o azul do céu e a obscuridade terrestre formam uma cenário de grande magnetismo. Revelam a ambivalência do mundo por meio das cores.
E como interligação entre esses dois ambientes, aparece a luz. Iluminando a escuridão reinante na Terra e seu reflexo nas águas, criando um efeito de grande realidade.
A luz que ilumina as mentes brutas e aquece os gélidos corações.

Em

Os indícios aparecem. Os elementos de convicção crescem. E, no vazio de outrora, elas florescem.

Música representativa do post: Can't help falling in love (cover) - Pearl Jam

domingo, 9 de setembro de 2007

Azul

As mudanças geralmente são difíceis de serem digeridas. Não podemos dizer que estamos sempre preparados para essas transformações.

Ontem, eu reparei em algo que me fez pensar. Comecei a ler todos os scraps que recebi no orkut durante os quase três anos que já passaram desde o primeiro contato com essa ferramenta virtual.

Não são muitos scraps. Os recados que recebi são em número bem reduzido se compararmos com a maioria das pessoas conectadas.

Então, ao fazer o exercício de leitura e compreensão de todos os meus 493 scraps, cheguei à conclusão de que a mudança operada em mim foi significativa. Tanto pela forma de pensar como pelo jeito de reagir às situações. Só que tais mudanças não ocorreram apenas em mim.

Percebi que quase todos os meus amigos também sofreram transformações. Amigos de longuíssima data, da escola, amigos de faculdade, amigos que acabei conhecendo durante esses tempos. Cada pessoa ao meu redor mudou.

Cada mudança é subjetiva. Afinal, as mudanças são inerentes ao homem. Dão energia. Fazem com que olhemos para trás e nos ridicularizemos até. É um estado necessário. Provoca saudade, alegria. Mas traz também a lembrança de tristezas passadas.

Remexer no passado é delicado e, por vezes, dolorido. O bom é que desta vez não veio aquilo que eu mais temo: o remorso.

Senti que não poderia voltar no tempo. Cada escolha teve o seu porquê. Cada decisão tomada me levou para caminhos diversos, que talvez não tinha pensado anteriormente.

Tenho consciência de que a trilha a seguir está sendo construída. Com choros eventuais, com brigas esporádicas, com insatisfações momentâneas, mas com um sorriso no rosto. Recusas, nãos, despedidas irão acontecer. Mas a esperança não vai ser esquecida e eliminada. Continuarei eternamente na busca do representativo e desejando.

Desejo o infinito.
O fantástico mundo subterrâneo.
O riso desinteressado.
O choro de alegria.
O olhar inebriante.
O toque suave dos dedos.
O calor inesperado de uma manhã de inverno.
Um pouco de maldade inocente.
A emoção de estar no palco.
A beleza do entardecer nos dias que volto cedo do estágio.
A liberdade de estar nas Arcadas, sem ver as monótonas aulas da São Francisco.
Os programas esdrúxulos e casuais.
Ir ao cinema várias vezes por semana.
O sol entrando na janela do meu quarto.
O abraço de quem gosta de mim.
O beijo virtuoso de quem eu mal conheço.
As noites estreladas.
Ver a alegria estampada no rosto de todos aqueles que eu amo.
Escrever belos poemas.
O clima de nervosismo na conquista.
O canto dos pássaros quando eu acordo nas manhãs de domingo.
A sabedoria do meu saudoso avô e os seus olhos azuis, os mais belos olhos que já vi.

Desejo desejar tudo isso.

Música representativa do post: Good Riddance (Time of your life) - Green Day

sábado, 8 de setembro de 2007

Desconstrução

Já tinha mencionado isso antes. A fase é de desconstrução.

Das figuras ideais. Dos impulsos platônicos. Dos mitos inabaláveis.

Música representativa do post: Wake up - The Walkmen

O calor

Um sol escaldante. A gota de suor desliza pelo corpo. Faz tremer e temer. O reflexo da piscina lembra que não é mais que uma miragem.

Um olhar sedutor preenche o ambiente e provoca. Respira fundo e aproveita o clima. Não há meios de escapar dos fatos.

Em poucos minutos, passa um turbilhão de pensamentos. Que não são 'pensamor'. São lascivos e ofegantes. Um cubo de gelo suavemente degustado pela língua venenosa.

Despede-se com um abraço, tocando as suas mãos no dorso carente e de uma explosão latente. Uma manhã puramente sensorial.

Passado? Futuro?

Ah, com certeza, é o agora. Hoje...

Música representativa do post: Another Travellin' Song - Bright Eyes