segunda-feira, 30 de julho de 2007

1, 2, 3 e.....Já!

Pensando e sonhando lá no alto. Uma amiga ao lado e um amigo segurando a câmera. E o início, mais confiante, de que é necessário aceitar os riscos. E mergulhar. Porque você somente vive uma vez.

Música representativa do post: You Only Live Once - The Strokes




Errata

O título do post abaixo está errado! Autoquestionamento é sem hífen! Pelo menos, foi o que me disseram hoje.

domingo, 29 de julho de 2007

O regresso e o autoquestionamento

Voltei de viagem. Estive no frio de Monte Verde com dois grandes amigos. Uma viagem agradável e revigorante. Afinal, mais um semestre está aí. Inicia-se a rotina e seus obstáculos.

Foi bom ter viajado no final dessas férias. Tomar novos ares é sempre bom. Apenas registro aqui o estado de dúvida que passou a pairar em mente.
Sempre tive certeza de que ser solitário era a opção que mais me traria felicidade. Acreditava que não poderia me sujeitar ao compartilhamento e à dependência. Mas, esses dias fizeram com que eu questionasse tal dogma. O ambiente era propício para a vida a dois. Casais em abundância. Estar rodeado de manifestações externas que me lembravam que às vezes é necessário um porto seguro em nossas vidas.
Eu, cético, devo dizer que ainda não encontrei este porto seguro. Acho que ainda não sei se tenho vontade de tê-lo. Somente as ocasiões da vida poderão solucionar tal problema. O instinto solitário e o descompromisso emocional ou a vontade subconsciente de encontrar alguém?
Eu quero é o meio-termo. Possível ou mais uma loucura da minha mente?

terça-feira, 24 de julho de 2007

Econômico II

Estado mental da noite: pensativo.

Econômico

Estado mental do dia: estuporado.

sábado, 21 de julho de 2007

Éblouissant

Eu estou relendo "Primeiras Estórias" do Guimarães Rosa. Já nem me recordo de quantas vezes li esse livro. Um livro representativo. Ao reler 'Substância', senti um arrepio incomensurável. Especialmente no parágrafo final. É de uma beleza indescritível. Por isso, aqui somente transcrevo esse conjunto de frases que criam um ambiente deslumbrante:

" (...) Sionésio e Maria Exita - a meios-olhos, perante o refulgir, o todo branco. Acontecia o não-fato, o não-tempo, silêncio em sua imaginação. Só o um-e-outra, um em-si-juntos, o viver em ponto sem parar, coraçãomente: pensamento, pensamor. Alvor. Avançavam, parados, dentro da luz, como se fosse no dia de Todos os Pássaros."

Música representativa do post: Starlight - Muse

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Caminho de pedras

Não quero ir trabalhar. Chove, faz frio e a minha mente está aérea.

"Mamãe, o primeiro sinal. Preciso sair correndo. Não quero mais."

ATÉ LOGO!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Observações do meu fim de tarde

Não saí bem do trabalho hoje. Estava com uma dor de cabeça insistente. Eram 5 horas da tarde. Tinha me preparado para ir ao cinema na sessão das 19:20, o que possibilitou a volta dos velhos tempos de andarilho/observador. Época em que cultivei este hábito saudável e, diria, instigante.

Primeiro, fui até a Aliança Francesa, entregar um documento pendente. Ao descer a Bela Cintra, o frio cortante me atingia e fazia com que eu não esquecesse que vivíamos um típico dia gelado no inverno paulistano.

Chegando lá, eis que me deparo com uma surpresa agradável, que me deixou ansioso para que o dia 07 de agosto chegue logo. Um motivo extra para ir às aulas, algo que não fiz muito no último semestre.

Em seguida, eu, com um sorriso enorme, continuei a minha andança até o momento em que percebi que não estava me sentindo bem fisicamente. A minha cabeça parecia explodir. Resolvi voltar para a Avenida Paulista e comer alguma coisa.

Pedi um prato, acomodei-me em uma mesa e passei a contemplar o ambiente que me rodeava naquele instante.

No primeiro momento, fixei o meu olhar na atendente de um dos restaurantes. Sua função é oferecer o cardápio para os que passam à sua frente. Em geral, os visitantes do shopping ignoram as palavras da simpática moça. Não dizem ao menos um "Obrigado". Eu senti uma tristeza profunda, já que pude notar que os olhos dessa moça ansiavam por uma resposta. Ela, simples, humilde, provavelmente com o 2º grau completo (no máximo), parecia ser tão simpática, atenciosa. Obviamente ela também tinha intenções de vender (é o trabalho dela), mas isso não a impedia de ficar feliz quando um cliente se dirigia ao restaurante e era atendido por ela. Acho até que ela percebeu que meus olhos se dirigiam à sua pessoa. Talvez tenha achado que eu estivesse com outras intenções, pois até deu alguns sorrisos para mim. Se eu trouxe o mínimo de felicidade para ela, fico feliz também.

Após quase dez minutos de observação, meus olhos voltaram-se para outros detalhes do ambiente, mais cheio do que o habitual para aquela hora do dia. Consegui ver uma senhora 'grã-fina' dando ordens à funcionária da limpeza para que passasse mais álcool em sua mesa, porque acreditava que a quantidade normal não era suficiente para uma senhora como ela. Resquícios de um tempo em que aquela senhora não precisava dividir uma mesa com estranhos... Vi algumas outras coisas (sempre interessantes), mas então tive de interromper a minha ação, porque eu tinha que me alimentar para que eu não desmaiasse num lugar público como aquele.

No final da jornada, fui assistir a "Paris, te amo" e realmente gostei bastante do filme. Havia uma ou outra história mais fraca, mas no geral, é uma bela colagem de uma cidade fascinante como Paris. Deu vontade de ir hoje para lá, mesmo sabendo que menos de cinco meses me separam da cidade-luz.

Após o filme, senti que a jornada valeu a pena. Não fiz nada de excepcional, é verdade. Mas tudo que fiz, eu consegui aproveitar intensamente. E isso é um bom sinal.


E assim, mais um dia se passou. Este post pareceu mais um relato de um diário. Não foi a intenção. Aliás, estou sentado aqui, porque eu estava querendo escrever. Algo, qualquer coisa. Liberar os pensamentos de minha mente e concretizá-los na forma escrita. Porque o que tenho escrito ultimamente se resume a um apanhado de 'peças' jurídicas, destituídas de emoção, lirismo e arte. E como esse tripé faz falta para o meu cotidiano!


Música representativa do post: Everyone gets a star - Albert Hammond Jr.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Inesperado

Situação peculiar. Estávamos a sós. Conversa vai, conversa vem e aí surge uma fala inesperada:


- Deixe me ver. Ah, esse aqui. Seguinte (...) Tenho percebido que você gosta de algo mais 'cabeça', não é?


Eu, meio encabulado e com um sorriso no rosto, dou uma resposta monossilábica:


- É.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Por um momento

Estive meio ausente deste espaço, mas aqui estou para tecer algumas palavras sobre o momento - digamos - de deslumbramento de hoje.

Não costumo me emocionar quando estou ouvindo música, ainda mais quando se trata do primeiro contato com uma canção desconhecida. Hoje, isso aconteceu.

Encontrei uma das novas canções do Interpol que estão na internet e descobri uma em especial. Chama-se "Pioneer to the Falls". É tão angustiante e suave que fez meus olhos ficarem marejados. Eram 'quase-lágrimas' de uma emoção indescritível. Não eram de tristeza, embora a letra da música não seja das mais alegres que já escutei.

Creio que a emoção que descarreguei foi fruto do meu processo de abertura de emoções. Deixei de me conter e manter presas todas as emoções que estavam latentes em mim. Esse momento de hoje foi o exemplo concreto deste ser que há de evoluir ainda mais.

Apenas quero ouvir novamente a voz do Paul Banks, quando na parte quase final da música, canta sem o acompanhamento de nenhum instrumento. Uma voz que transmite a mensagem para um receptor que está um pouco mais ciente do complexo emocional a que chamamos 'vida'.
Quem quiser ouvir 'Pioneer to the Falls' (o que não será o caso de um certo amigo meu), entra no myspace do Interpol:
www.myspace.com/interpol

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Um dia ensolarado de inverno

Andar pelas ruas arborizadas com a minha pequena 'irmã' canina. Um passeio sem compromisso. Sim, fazia tempo que não concedia minutos do meu cotidiano para dar um pouco de alegria para aquela que me acompanha há quase uma década, mas que foi deixada de lado por causa da rotina atribulada que tenho vivido (atenuada, é verdade, pelas férias na Sanfran).

Apenas desejo que nós possamos aproveitar mais esse sol de inverno que nos ilumina nas manhãs livres deste mês de julho.

Música representativa deste post: Don't steal our sun - The Thrills

segunda-feira, 2 de julho de 2007

I wanna hold your 'hands'

Detalhes que não percebo de imediato, mas me deixam com um sorriso no rosto. Não tinha reparado em todo esse tempo e só hoje senti um arrepio. Belas, macias e, o melhor de tudo, insinuantes. De repente, fiquei hipnotizado. Como algo tão banal pode ser tão significativo!

Estou na fase de conhecimento (não, não estou falando de Direito! Será mesmo que não?)

A única rosa, quase sem espinhos, entre uma porção de ervas daninhas que me cercam. Tinha me esquecido disso. O arrebatamento de hoje não me deixa esquecer que tudo tem um propósito. O copo não está cheio. Nunca estará. Contudo, eu me precipitei ao dizer que está totalmente vazio. O que seríamos de nós se não houvesse esperança...

Tênue, eu admito. Mas acredito que a minha vida não existe sem esperança. Por mais doloroso que talvez seja. Afinal, faz parte da minha constante busca. E o objeto dessa busca, o título deste blog se encarrega de explicar qual seja.

Aguardo os próximos capítulos. Vamos ver no que isso vai dar.

Música representativa do post: Evening Sun - The Strokes (aliás, eu não gostava dessa música, mas, neste momento, eu simplesmente sinto uma agradável sensação ao ouvi-la)