"Não se trata de opressão. Não se quer repressão. Tudo em três tempos. Passado, presente e futuro se fundem sem a menor parcimônia. Confundem-se os estados físicos e as respostas almejadas parecem escorregar e acabar com a promessa de tranqüilidade e paz.
A intenção é honesta. O desejo, por sua vez, não indica a totalidade da relação.
A visão é perturbada por obstáculos e concebe-se a infinita criação de universos paralelos, oníricos. Não é como o império da fantasia. Os mais velhos nos ensinam e temperam nossas vidas com o mínimo de razão para intervir nas irracionalidades inconscientes que acabam por engessar os movimentos naturais.
Prendem-se os impulsos e tolhe-se a liberdade. O cenário se apresenta árido e desgostoso e chega-se à conclusão de que contemplar não basta. É necessário agir. Viver. Cair no mundo real, nas incertezas, que podem resultar em decepções ou em conquistas. Precisa-se sair do confortável e encarar a realidade, com sua crueldade e seus perigos. Tropeçar, cair, sangrar...nem que seja necessário se machucar.
Os três tempos são indissociáveis e fazem parte de nossa própria constituição. Relegar qualquer um deles é eliminar uma esfera essencialmente importante, acabando por criar um vácuo indelével e difícil de ser reconstituído.
Os três tempos são indissociáveis e fazem parte de nossa própria constituição. Relegar qualquer um deles é eliminar uma esfera essencialmente importante, acabando por criar um vácuo indelével e difícil de ser reconstituído.
Quero ser eu. Ontem, hoje, amanhã.
Sempre."
Em poucas palavras, é o meu resumo, minha visão particular de "Assim que passem cinco anos", peça que o grupo "Santos e Poetas" monta neste semestre.