Escrever um poema não exige apenas inspiração e vontade. É necessário tempo para que seja possível exprimir emoções e sensações de maneira lírica. É interessante perceber que um poema pode ter diversos significados. É, de certa forma, um documento histórico.
Ultimamente, não tenho escrito muitos poemas. A vida está agitada. Não digo que eu não a esteja aproveitando, pois, neste momento, tenho a certeza de que tenho feito escolhas certas (mesmo dentro da São Francisco), que serão - eu espero - o início de uma grande jornada.
Hoje, por exemplo. Tenho agradáveis arrepios só de lembrar a sua presença naquele imponente recinto na manhã gelada desta sexta-feira. Havia uma distância considerável entre nós. A hierarquia e a disposição física impediam um maior contato. Mas quando nossos olhos se cruzaram por uma fração de segundos, tive a certeza de que fiz a escolha certa. Mesmo que o máximo que já fiz foi ter apenas sonhado com o seu pão de queijo!
Por isso, das profundezas do meu bom e velho caderno, eu tirei o poema abaixo. Na verdade, trata-se de um poema inspirador para mim, mas que acaba fazendo sentido para o que desejo neste momento. É do bom ano de 2005, ano que, curiosamente, parece ainda não ter acabado. De uma época em que eu conseguia escrever poemas durante uma aula na faculdade!
À libertinagem
O padrão pode ser típico
Tenta exaustivamente me prender.
O desespero, incessante e característico,
cresce, fazendo-me perder.
Vigoroso, desetabiliza a minha mente.
O caos se instala e, talvez, mata.
Sem respostas, penso somente
em desvencilhar deste grilhão que me ata.
Sim! A solução foi encontrada.
A libertinagem, tão famigerada,
será o embrião da alegria plena!
Escreve-se assim com a delicada pena
O despertar da vida, caro libertino.
Finalmente, abrem-se as portas do chamado destino!
Música representativa do post: This Modern Love - Bloc Party
Um comentário:
2005 não acabou mesmo, para o bem ou para o mal... Gostei do poema.
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