sexta-feira, 1 de junho de 2007

Fundamentais

Escrever um poema não exige apenas inspiração e vontade. É necessário tempo para que seja possível exprimir emoções e sensações de maneira lírica. É interessante perceber que um poema pode ter diversos significados. É, de certa forma, um documento histórico.





Ultimamente, não tenho escrito muitos poemas. A vida está agitada. Não digo que eu não a esteja aproveitando, pois, neste momento, tenho a certeza de que tenho feito escolhas certas (mesmo dentro da São Francisco), que serão - eu espero - o início de uma grande jornada.





Hoje, por exemplo. Tenho agradáveis arrepios só de lembrar a sua presença naquele imponente recinto na manhã gelada desta sexta-feira. Havia uma distância considerável entre nós. A hierarquia e a disposição física impediam um maior contato. Mas quando nossos olhos se cruzaram por uma fração de segundos, tive a certeza de que fiz a escolha certa. Mesmo que o máximo que já fiz foi ter apenas sonhado com o seu pão de queijo!





Por isso, das profundezas do meu bom e velho caderno, eu tirei o poema abaixo. Na verdade, trata-se de um poema inspirador para mim, mas que acaba fazendo sentido para o que desejo neste momento. É do bom ano de 2005, ano que, curiosamente, parece ainda não ter acabado. De uma época em que eu conseguia escrever poemas durante uma aula na faculdade!





À libertinagem



O padrão pode ser típico

Tenta exaustivamente me prender.

O desespero, incessante e característico,

cresce, fazendo-me perder.




Vigoroso, desetabiliza a minha mente.

O caos se instala e, talvez, mata.

Sem respostas, penso somente

em desvencilhar deste grilhão que me ata.




Sim! A solução foi encontrada.

A libertinagem, tão famigerada,

será o embrião da alegria plena!



Escreve-se assim com a delicada pena

O despertar da vida, caro libertino.

Finalmente, abrem-se as portas do chamado destino!






Música representativa do post: This Modern Love - Bloc Party

Um comentário:

Guilherme Genestreti disse...

2005 não acabou mesmo, para o bem ou para o mal... Gostei do poema.