sexta-feira, 4 de maio de 2007

Divagações

Noite de sexta-feira. Aqui estou em casa. Poderia sair ou poderia adiantar os compromissos que tenho com a faculdade (estudar para a prova de segunda-feira, fazer o meu projeto de monografia). Mas, aqui estou eu: na frente de um computador, com sono por ter trabalhado mais que o normal nesta semana. Só não sei ao certo definir o meu estado de espírito.
Não posso dizer que estou feliz ou que estou triste. Sinto um estado de letargia que invade o meu ser e impede a abertura do meu "eu" com o mundo. A sensação que predomina é aquela de imunização. Só que a imunização tem os seus aspectos negativos e eu não sei explicar tudo que se passa na minha vida. Ainda mais quando o meu pai chega perto de mim e me diz: "tá na hora de decidir o que você vai fazer na vida.."
Ah, como é difícil compreender a vida. Hoje, por exemplo, ao voltar com o meu amigo Fred para casa, eu comecei a tecer divagações sobre o significado de estar vivo, bem como a definição da almejada felicidade. A única resposta que encontrei (e que sempre repito) é essa: "Eu não sei."
Posso até dizer que é impossível entender e compreender nossas ações, nossas vontades e nossos pensamentos. Como poderia saber o significado de tudo isso se eu faço parte desta situação. O meu olhar é viciado, incoerente e, às vezes, ilógico. Chego a pensar que seria mais fácil conceber idéias absurdas, como as chamadas teorias da conspiração, já que ser coerente e racional demanda um esforço descomunal.
Só que aí eu me pergunto: o que posso fazer? E a resposta certamente se resume em afirmar aquelas três palavras acima citadas: "Eu não sei".
Afinal, acredito que todos nós temos o direito de estar confuso, de não conhecer certos assuntos e até de se abster de certas ações quando não temos certeza e conhecimento suficientes para isso. Sou confuso, estou confuso e talvez serei sempre confuso, mas nada disso me impedirá de seguir sonhando e almejando a velha e conhecida felicidade. Porque a confusão também pode ser denominada caos e, do caos...Ah, eu estou certo de que ainda há de existir o belo, o lírico e o representativo.

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