sábado, 14 de abril de 2007

Canções para sentir

Tanto tempo sem escrever por aqui e já estava com saudades! Nas duas últimas semanas estive tão atarefado, mas sei que as semanas que estão por vir só me deixarão mais preocupado ainda. Dias nos quais comerei pouco, dormirei menos ainda e pensarei no famigerado projeto de monografia e nas temidas provas.
Mas este post não é para tecer comentários sobre como está a minha vida. Trata-se de um post sem um assunto definido ou sem lógica alguma...
De qualquer forma, queria apenas deixar registrada a beleza e a força da música como instrumento para atuar sobre o estado de espírito das pessoas. Para isso, destaco duas canções do ano de 1998 - antigas, é verdade - que voltei a ouvir ultimamente e que transmitiram um conforto para combater a angústia que pairava sobre mim nos últimos tempos.
A primeira é a versão da Fiona Apple para a música escrita pelo John Lennon: "Across the Universe". Não sei definir o meu apreço pela Fiona Apple. Ela foi a minha musa da segunda metade da década de 90. Desde a primeira vez que ouvi a música "Criminal" sabia que se tratava de um talento. Pouco convencional para os ouvintes em geral, mas definitivamente marcante. E "Across the Universe", que faz parte da trilha do filme Pleasantville - A Vida em Preto e Branco (um dos meus filmes favoritos, por sinal), representa a paz e a sabedoria em seu estado quase pleno.
Desde o doce tom de voz da Fiona até a letra delicada e contagiosa da canção, tudo se combina para transmitir uma alegria singela e sem exageros, como a beleza de uma gota de chuva escorrendo pelas pétalas de uma rosa.
Já a segunda música também é do século passado: "No Surprises" do Radiohead. Posso dizer que o que mais impressiona nesta canção é sua melodia, mais até que a própria letra. Os trechos inicial e final são de puro deleite. Proporcionam um estado de deslumbramento que não é comum acontecer.
E mais uma vez tenho que recorrer ao apelo excêntrico e altamente alternativo da voz do Thom Yorke. Eu costumo dizer que respeito o experimentalismo exacerbado do Radiohead, mas que eu ainda não estou preparado para algumas criações musicais produzidas pela banda. Mesmo assim, ouvir o Thom Yorke cantando traz tantas recordações que é inegável como é cativante a sua voz. Vibrante, enigmática e, principalmente, aflitiva.
Só para constar: os clipes destas duas canções são tão belos e representativos que é difícil eu não me emocionar. É a pureza da arte e sua missão de atingir os corações nas mais variadas vertentes.

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