terça-feira, 8 de julho de 2008

Fragmentos de um cotidiano qualquer

12 horas e 25 minutos. Avenida Paulista. Ônibus - Parque do Engenho - Metrô Paraíso. Uma mulher desmaia dentro do ônibus lotado. Crianças e idosos se apertavam no veículo coletivo. Comoção geral e falas alteradas pedem para que todos dêem espaço para a moça. Era uma convulsão que causou um desequílibrio no ambiente, mas que logo foi restabelecido quando a moça acordou e se mostrou perdida no fato inesperado que acabara de ocorrer.


20 horas e 30 minutos. Avenida Paulista. Esquina da Rua Haddock Lobo. O semáforo para pedestres estava prestes a fechar. Um senhor de aproximadamente 60 anos aperta o passo para conseguir atravessar a rua. A pressa revela ser um inimigo quase mortal. O senhor, em sua afobação, tropeça no meio da rua. Estava sozinho. O semáforo abre e um motorista de táxi que tinha acabado de receber um cliente em seu veículo, estacionado na faixa da direita, sai com o carro sem notar que o homem tnha acabado de tropeçar no meio da rua. Gritos ecoam pelo espaço e o motorista consegue parar quase sobre o corpo do senhor. Os corações de todos gelam. Por poucos centímetros e a tragédia estaria consumada. Todos respiram aliviados no momento em que o senhor levanta e apenas apresenta machucados causados pela queda no solo.


20 horas e 50 minutos. Cruzamento da Avenida Rebouças com a Rua Henrique Schaumann. Um carro decide parar por alguns segundos para deixar a passageira que deveria descer naquele local. A manobra não foi sinalizada pelo motorista. Os carros que vinham atrás conseguem frear em fração de segundos. Ouve-se o barulho das rodas que se travam e conseguem evitar o acidente. Em seguida, são proferidos xingamentos e gritos pelos motoristas, mas ninguém saiu ferido.


E esse foram alguns acontecimentos bizarros do meu dia. Fatos do cotidiano que poderiam ser estampados em jornais, mas que, por mínimos detalhes, a ação humana consegue evitar a concretização de um evento trágico. Registros de um cotidiano qualquer. Um cotidiano no qual tanta coisa acontece e que, por muitas vezes, acaba passando despercebido.

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